
Animais em situação de rua pedem socorro
Eles estão sempre magros, sujos, famintos, doentes e abandonados. Alguns vivem em bandos outros sozinhos, a procura de comida e uma boa companhia. Não é possível precisar quantos são, mas infelizmente a cada dia aumenta o número. Os animais de estimação abandonados na região metropolitana de Salvador é um assunto preocupante, e aparentemente sem solução imediata, já que todos os dias nascem novos cães e gatos e muitos são abandonados por motivo de doenças.
Para a veterinária Jéssica Araújo, esta população crescente é um grave problema das grandes cidades, que só pode ser resolvido a longo prazo, e para isso, depende da ajuda de todos. “Animais errantes podem veicular doenças, as chamadas zoonoses que podem ser transmitidas do animal para o homem. A mais grave de todas, a raiva - é letal, e pode ser transmitida através de mordidas e arranhaduras de animais infectados com o vírus rábico. Também pode ocorrer contaminação do ambiente pelos dejetos dos animais como fezes e urina, além de poderem provocar acidentes automobilísticos”. Ela explica que é justamente aí que surge a necessidade cada vez maior de adoção de animais, um gesto que pode ajudar ao meio ambiente e colaborar para a preservação dos bichos.
E a atitude de adotar um bichinho poder ser tomada desde a infância, como é o caso de Isis Suissa, chamada carinhosamente de Isinha. A garota de apenas 9 anos adotou da avó a cadelinha Minduim e hoje se dedica ao bichinho como gente grande. “Toda vez que recebo minha mesada me preocupo com o que Minduim está precisando. Compro coleira, mando dar banho, pago vacinas e medicamentos receitados pelo veterinário. Ela está pesando 9,6 quilos”, declara a menina cheia de alegria. As duas são inseparáveis até na hora de dormir.
É importante que as pessoas se conscientizem que os animais que estão soltos nas ruas precisam de cuidados e principalmente carinho. Muitas ONGs e abrigos têm trabalhando incansavelmente para despertar a população sobre a necessidade da adoção. O assunto ainda enfrenta resistência e tabu, mas aos poucos vai sendo aceito pela população.
Jéssica lembra que hoje é mais comum pessoas adotarem cães e gatos idosos ou doentes porque acreditam tratar de animais especiais. E explica que para a adoção a idade do bichinho pouco importa, “digo por experiência própria que todos os animais adotados e principalmente os recolhidos na rua são extremamente mansos e sempre mostrarão gratidão para com os novos donos. Mas é importante que após escolher o bichinho a ser adotado, a pessoa logo procure um especialista para que sejam feitos todos os exames e tratamentos necessários”.
E para quem deseja contribuir adotando um animalzinho, pode procurar em Salvador o abrigo São Francisco de Assis. Telefone para contato: (71) 3408-3181 / 8763-2562, ou mais informações pelo site: animaisbahia.blogspot. http://animaisbahia.blogspot.com/2008/07/abrigo-so-francisco-de-assis-da-abpa-ba.html. Ou ainda nas ONGs “Arca de Noé” e “Bicho Feliz”. Outras informações também podem ser obtidas em Pet Shops e clínicas veterinárias
Foto retirada de: http://www.esteriliza-me.org/images/stray_dogs.jpg
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